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Segurança da Informação

Bring Your Own Device (BYOD): o que é e como funciona essa política?

Por Fernanda Kuppe | 17.08.23
Ilustração com a frase "Bring Your Own Device (BYOD)"

Em português “Traga seu Próprio Dispositivo”, o BYOD refere-se a uma política empresarial que permite aos colaboradores utilizarem seus próprios dispositivos eletrônicos

As políticas de flexibilidade se tornaram um tema importante na era pós-pandêmica, com cerca de 78% dos profissionais expressando o desejo de maior flexibilidade no trabalho. Nesse contexto, a estratégia de Bring Your Own Device ganhou destaque entre as empresas como uma abordagem para atender a essa demanda crescente por flexibilidade.

No âmbito da gestão de TI, o BYOD possui uma influência significativa, especialmente porque está diretamente relacionado à segurança dos dados organizacionais. No entanto, essa política abrange muito mais do que apenas segurança, envolvendo questões de integração e alinhamento com as operações da empresa.

Mas afinal, o que é e como funciona o BYOD? Quais são os benefícios e desafios dessa política? Nas próximas linhas do texto, vamos explorar essas questões de forma detalhada.

O que é Bring Your Own Device?

O termo Bring Your Own Device (BYOD), em português “Traga seu Próprio Dispositivo”, refere-se a uma política empresarial que permite aos colaboradores utilizarem seus próprios dispositivos eletrônicos, como smartphones, tablets e notebooks, para realizar suas atividades de trabalho. 

Essa prática se tornou cada vez mais comum nas empresas, devido a transformação digital e ao aumento da popularidade do homeoffice. Servindo também como uma alternativa ao fornecimento de dispositivos corporativos pela empresa.

Leia também: Custos de manutenção de TI no home office: como a locação de equipamentos gera economia para a empresa

Como funciona o BYOD?

Na prática, o BYOD permite que os colaboradores tragam seus dispositivos próprios e usem-os no local de trabalho. Assim, o acesso à rede da empresa ocorre através de um dispositivo pessoal, incluindo o uso das credenciais de e-mail, logins de sistemas e outros acessos relacionados à função do usuário.

Por outro lado, para que a empresa que escolher adotar a política de BYOD possa garantir uma operação fluida, é imperativo que ela desenvolva uma estratégia sólida de acesso à nuvem. Isso permitirá que os usuários acessem de forma conveniente documentos, sistemas de CRM e ERPs.

Além disso, recomenda-se o registro dos dispositivos utilizados pelos usuários que escolhem empregar seus aparelhos pessoais para fins profissionais. Ao mesmo tempo em que é essencial estabelecer políticas da empresa de forma transparente.

Leia também: Política de uso de celular corporativo: por que a sua empresa precisa ter?

Benefícios e desafios do BYOD

Benefícios do BYOD

Implementar uma política de Bring Your Own Device em sua empresa traz vantagens, como:

  • Aumento na produtividade dos colaboradores: dispositivos pessoais permitem a personalização do ambiente de trabalho digital, o que pode aumentar o conforto e a produtividade. 
  • Maior satisfação do colaborador: ao utilizar seus próprios dispositivos, os colaboradores têm a liberdade de escolher a ferramenta que melhor se adequa ao seu estilo de trabalho. Isso permite que eles realizem tarefas de forma mais eficiente e confortável. 
  • Redução de custos do departamento de TI: além disso, é possível economizar em investimentos de hardware, software, manutenção de aparelhos e licenciamentos de programas de TI. Uma vez que os colaboradores utilizam seus próprios dispositivos, eles assumem a responsabilidade pela manutenção em caso de danos, atualizações de programas e integração de tecnologias ao ambiente de trabalho. 

Desafios do BYOD

A estratégia de BYOD (Bring Your Own Device) oferece inúmeros benefícios, mas também apresenta desafios e vulnerabilidades que precisam ser considerados pelas empresas. Alguns dos principais são:

  • Segurança de dados: o uso de dispositivos pessoais aumenta o risco de incidentes cibernéticos. Além disso, a mistura entre dados pessoais e profissionais pode causar problemas de privacidade e desafios ao separar as informações relacionadas ao trabalho das informações pessoais, uma vez que não é possível aplicar um filtro de conteúdo em cada dispositivo.
  • Política de segurança da informação: é fundamental estabelecer políticas claras de segurança da informação para o uso de dispositivos pessoais, incluindo regras para acesso a redes corporativas, criptografia de dados e proteção contra malwares.
  • Perda ou roubo de dispositivos: a perda ou roubo de um dispositivo pessoal usado para trabalho pode resultar na exposição de dados confidenciais da empresa, a menos que medidas de segurança adequadas estejam em vigor, como utilização de VPNs.
  • Gastos indiretos: embora a empresa economize em aquisição de hardware, podem surgir gastos indiretos com suporte técnico, treinamento e implementação de medidas de segurança adicionais para uso de dispositivo pessoal.

Como implementar o BYOD na gestão de ativos de TI da sua empresa?

Etapas para implementar o bring your own device

A implementação do Bring Your Own Device (BYOD) na gestão de ativos de TI da sua empresa requer uma abordagem cuidadosa e estratégica:

Em primeiro lugar, é preciso estabelecer diretrizes claras e políticas de segurança que abordem questões como os dispositivos permitidos, medidas de proteção contra ameaças e requisitos mínimos de segurança desejáveis. 

Além disso, a criação de um programa de treinamento para os colaboradores é fundamental para garantir que todos compreendam as melhores práticas de segurança e privacidade ao utilizar seus dispositivos pessoais para fins profissionais. A seleção de ferramentas de gerenciamento de dispositivos móveis confiáveis, como MDM, também é uma opção favorável para proteger os dados sensíveis sem prejudicar a privacidade do colaborador. 

Ao implementar o BYOD, a empresa pode colher os benefícios de maior flexibilidade para os colaboradores e redução de custos para o setor de TI, mas o sucesso dependerá da elaboração de uma estratégia bem planejada e da adoção de medidas rigorosas de segurança digital.

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Fernanda Kuppe


Escrevo para o mercado digital através dos fatos e dados. Apreciadora de um café bem quente para as ideias borbulharem na cabeça, entusiasta da gastronomia e viciada em sushi

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