Segundo uma pesquisa, os colaboradores ficam apenas 53,3% do tempo realmente focados e dedicados às suas tarefas principais. Além disso, só 12% se consideram produtivos por mais de 6 horas no trabalho. Um dos principais motivos para que isso aconteça? As distrações e interrupções.
Elas podem ser tanto internas – atendendo telefonemas ou respondendo mensagens nos canais de comunicação da equipe, por exemplo – quanto externas, quando o colaborador deixa de pensar no trabalho para atender assuntos de interesse pessoal. Não raro as pessoas utilizam um intervalo entre uma tarefa e outra para acessar suas redes sociais, fazer pesquisas na internet ou contatar amigos e familiares.
Pensando nisso, com o objetivo de aumentar a produtividade das equipes, muitas empresas acabam implementando um filtro de conteúdo na sua rede corporativa e nos equipamentos, como computadores, notebooks e celulares. Além de “barrar” acessos indevidos e certas distrações, essa solução também contribui para a segurança digital das corporações.
Um filtro de conteúdo é uma ferramenta utilizada pelas empresas para o controle de acesso a determinados conteúdos. O filtro pode ser aplicado a uma rede, dispositivo ou sistema por meio de um software, sendo que suas regras variam de acordo com a necessidade de cada organização.
Com o filtro de conteúdo, as empresas têm garantia de que certas páginas não serão acessadas pelos colaboradores ou por quem estiver conectado à sua rede. São exemplos de páginas comumente bloqueadas por um filtro de conteúdo: redes sociais, portais de esporte e entretenimento, sites de apostas, dentre outros.
As diretrizes de um filtro de conteúdo não variam apenas de uma empresa para outra: elas podem ser diferentes inclusive dentro da própria estrutura organizacional. Isso acontece porque diferentes departamentos também têm diferentes necessidades para executar suas demandas. Colaboradores da área de marketing, por exemplo, precisam ter liberdade de acesso às redes sociais, enquanto o setor de compras necessita navegar em marketplaces e e-commerces.
Porém, um filtro de conteúdo não funciona somente para a navegação na web, já que a filtragem pode acontecer também para aplicativos ou arquivos da rede. Por isso, este software é mais completo do que o conhecido como filtro web ou filtro de URL, cujo foco é atuar no controle dos websites acessados pelos navegadores.
Conforme mencionamos no início deste artigo, várias empresas adotam filtros de conteúdo para aumentar o foco e a produtividade de seus colaboradores. Mas essa solução também tem um grande impacto em termos de segurança de dados.
Diversos sites ou aplicativos disponibilizam links maliciosos e, ao clicar sobre eles, o usuário compartilha sem conhecimento diversos dados e informações, que podem ser sensíveis. Essa é uma técnica de ciberataque conhecida como phishing, que também ameaça a gestão de TI das empresas quando o acesso ocorre pela rede ou dispositivo corporativo.
Um software é instalado em uma rede, dispositivo ou sistema e passa a exercer a função de intermediário com a internet, seguindo diretrizes pré estabelecidas. Podemos comparar o funcionamento deste software com a versão Kids do YouTube, que possui um filtro para permitir ou bloquear a exibição de determinados conteúdos para o público infantil.
Basicamente, o filtro de conteúdo pode funcionar de duas formas:
a) Bloqueando conteúdos específicos e permitindo acesso à todo o restante
b) Permitindo conteúdos específicos e bloqueando o acesso à todo o restante
Você deve estar pensando que seria uma missão quase impossível mapear todos os sites e aplicativos a que os colaboradores precisam ter acesso para parametrizar o filtro de conteúdo – e realmente seria bem difícil. Por isso, algumas soluções realizam a filtragem por categoria. Ou seja, o software já vem com um mapeamento de sites classificados como religião, entretenimento, adulto, compras online, bancos etc., e a empresa só precisa informar quais categorias são permitidas e quais serão bloqueadas.
Outra possibilidade é fazer um filtro de conteúdo por horário. Por exemplo: restringindo o acesso às redes sociais somente em horário comercial. Dessa forma, os colaboradores que permanecem na empresa durante o almoço ou no intervalo entre turnos poderiam acessar suas redes pessoais normalmente.
Alguns filtros não apenas efetuam o bloqueio, como também enviam alertas para a equipe de Tecnologia da Informação quando há tentativa de acesso a conteúdos restritos. Dessa forma, é possível identificar o usuário responsável e atuar de forma preventiva, reforçando as orientações e diretrizes.
Existem algumas ferramentas que já possuem de forma nativa a funcionalidade de filtro de conteúdo. Conheça algumas delas:
É um software essencial para qualquer empresa e uma das ferramentas mais básicas na estrutura de segurança. O antivírus monitora, identifica e elimina ameaças antes que elas infectem arquivos ou cheguem aos dispositivos. A maioria dos antivírus possui a funcionalidade de filtro web, permitindo que as empresas regulem o acesso a sites com base em suas categorias de conteúdo.
Leia mais: Serviços de telecom e TI: tudo que você precisa saber antes de contratar para sua empresa
O firewall age como intermediário entre a rede interna da empresa e o tráfego externo de uma outra rede, principalmente da internet, autorizando apenas a passagem de dados e informações reconhecidas como seguras. Isso impede que softwares maliciosos infectem dispositivos e redes. Por isso, uma das funções mais básicas do firewall é justamente o filtro de conteúdo.
Quando se fala especificamente sobre dispositivos móveis, o MDM (Mobile Device Management) é uma ótima opção de aplicar filtros de conteúdo e gerenciar políticas de uso. Uma das grandes vantagens do MDM é a gestão centralizada em uma única plataforma. Sempre que for necessário configurar e enviar novas políticas de uso para os dispositivos corporativos, é possível fazê-lo de forma remota, massiva e totalmente online. Com o MDM, a empresa pode restringir acesso a determinados sites e bloquear a instalação de aplicativos que não sejam compatíveis com as funções do colaborador.
Como você pode perceber, para implementar um filtro de conteúdo a empresa necessita ter diretrizes que irão determinar o que pode ou não ser acessado pelos colaboradores. Estes parâmetros podem fazer parte, ou até mesmo complementar, uma política de uso corporativa.
Assim como em qualquer situação que vai estabelecer certas restrições à equipe, a transparência é essencial. Os colaboradores devem ser informados com antecedência a respeito dos filtros de conteúdo e dos motivos que levam a empresa a adotar a ferramenta.
Além disso, é muito importante que a empresa forneça uma canal aberto para ouvir opiniões, sugestões e liberar eventuais acessos que se façam necessários. Se a política de uso for construída em conjunto com os colaboradores, melhor ainda!
É importante ressaltar que, no contexto corporativo, o filtro de conteúdo é aplicado apenas em dispositivos e redes que sejam de propriedade da empresa. Portanto, não se aplica aos equipamentos pessoais dos colaboradores.
Por fim, vale a pena retomar a pergunta que dá título a este artigo: devo utilizar um filtro de conteúdo na minha empresa? A resposta é: depende. Vai depender do nicho de atuação, do nível de produtividade exigido – da empresa como um todo ou de setores específicos – e do quanto de segurança é necessária para proteção dos dados tratados e armazenados.
Além disso, essa também é uma questão de cultura da empresa. A sua organização preza pela autonomia e liberdade do colaborador? De que forma a produtividade das equipes é medida? Pela quantidade de entregas ou pelos resultados?
Basicamente, não há uma regra para adotar um filtro de conteúdo. Neste artigo, apresentamos os principais benefícios que essa solução traz e algumas formas de implementá-la. Agora, cabe à sua empresa decidir qual o melhor caminho a seguir.
Caso queira tirar dúvidas e entender a melhor forma de contratar um filtro de conteúdo, clique aqui e fale com um de nossos especialistas.
[MATERIAL GRATUITO] Saiba como usar a tecnologia de forma estratégica no seu negócio. Entenda como controlar os recursos tecnológicos da empresa, conheça as principais atribuições da gestão de TI e outras dicas.
|
|
Por
Amanda Born
Analista de Conteúdo na VC-X Solutions, apaixonada por futebol e pelo Grêmio, trilheira nas horas vagas