Sabia que 8 milhões de consumidores sofreram algum tipo de golpe financeiro nos últimos 12 meses? Se você não é uma dessas vítimas – torcemos para que não – ao menos deve ter recebido algum tipo de e-mail ou mensagem suspeita, não é?
Os criminosos utilizam cada vez mais os meios digitais para aplicação dos golpes. No Brasil, estima-se que o prejuízo causado por esse tipo de fraude foi de R$ 551 milhões em 2022.
Por isso, independente se você é um cliente pessoa física ou uma empresa, todo cuidado é pouco e é preciso atenção redobrada para um dos tipos de golpes digitais mais comuns nos dias de hoje: o boleto falso.
Existe uma série de medidas que podem ser tomadas para que você não caia no golpe do boleto falso e neste artigo vamos explicar cada uma delas. Acompanhe a leitura até o final e mantenha a segurança dos seus dados e do seu dinheiro.
O boleto falso é um documento de cobrança que possui quase todas as características de um boleto verdadeiro: logomarca, identidade virtual da empresa credora e os dados corretos do consumidor. Porém, seu código de barras está adulterado e quando o cliente efetua o pagamento, o dinheiro é direcionado para a conta dos criminosos.
O golpe do boleto falso tem início com algum tipo de vazamento de informações, quando os fraudadores têm acesso aos pagamentos que a vítima costuma fazer todos os meses. O documento de cobrança pode chegar como uma correspondência impressa ou por meios digitais, como e-mail, mensagens de SMS e WhatsApp.
Todo tipo de boletos podem ser fraudados: plano de saúde, financiamentos de automóvel ou de imóvel e até mesmo a cobrança do IPVA. Também é comum que os criminosos falsifiquem boletos das operadoras de telefonia e internet, que são pagos de forma recorrente e, por isso, podem passar despercebidos em meio às demais contas.
Além do documento adulterado, o golpe do boleto falso pode trazer outras ameaças à segurança digital, como anexos e links que são porta de entrada para ataques de phishing (que coleta dados pessoais ou sensíveis) e spyware (software instalado no dispositivo para vigiar o comportamento do usuário).
Recentemente, o golpe do boleto falso ainda ganhou uma variação: a intercepção dos verdadeiros documentos de cobrança. Nesse caso, os criminosos conseguem ter acesso às contas de e-mail das vítimas para substituir os boletos verdadeiros por boletos falsos, antes mesmo que a mensagem chegue à caixa de entrada. Da mesma maneira, o código de barras vem com algumas modificações para que o valor do pagamento seja enviado à conta dos fraudadores.
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O boleto falso é uma ameaça para a segurança das pessoas e também das empresas. Imagine o prejuízo de fazer o pagamento e ainda continuar sendo cobrado pelo verdadeiro credor? E os danos que podem ser causados pelo vazamento de informações? Por isso, reunimos várias dicas que vão fazer você se proteger.
A começar pelo endereço de e-mail que enviou o boleto. Os fraudadores costumam utilizar e-mails genéricos, com domínios do Gmail, Outlook ou Hotmail, por exemplo.
Normalmente, os boletos verdadeiros chegarão para você a partir de um e-mail oficial da empresa credora. Aqui vai um exemplo das operadoras de telecom:
Também olhe com atenção o código de barras do boleto, pois as empresas têm um número padrão para emitir seus documentos de cobrança. Os boletos da Claro e da Vivo sempre iniciam com os códigos 846 ou 848, enquanto os documentos da TIM vão ter o número 0109 nas posições 17 a 20 do código de barras.
Quando você utiliza o leitor de código de barras do caixa eletrônico ou do seu celular, valide também se o número que aparece na tela é o mesmo do seu boleto, seja físico ou digital.
Citamos o exemplo das operadoras, mas o código padrão vale para qualquer tipo de empresa. Cada uma terá o seu e se você não sabe qual é, pode pesquisar nos canais de comunicação oficiais ou fazer contato com a Central de Atendimento.
Antes de confirmar a operação de pagamento, veja qual nome está sendo exibido no campo “Beneficiário” do boleto.
Como vimos, o principal objetivo do golpe do boleto falso é desviar dinheiro para a conta dos criminosos. Então, se o nome do beneficiário não for a razão social da empresa credora, não conclua a transação bancária.
Boletos verdadeiros costumam ser enviados sempre em formato PDF. Então, ligue o alerta para arquivos que chegam no seu e-mail no modelo HTML ou TXT, por exemplo. Também tome muito cuidado ao clicar em links duvidosos.
Algumas operadoras de telecom, como a Claro, oferecem inclusive uma segurança a mais para os boletos encaminhados por e-mail. O cliente precisa informar um código de validação para ter acesso ao arquivo, o que ajuda a proteger o documento de golpes como o do boleto interceptado, que citamos anteriormente.
O ciclo de faturamento da sua fatura encerra só no dia 20, mas você recebeu o boleto no dia 15 do mês? Desconfie, pois os boletos que chegam muito antes da data de vencimento podem ser falsos.
No caso das empresas, que têm muitos documentos de cobrança chegando ao mesmo tempo, ter controle da data de vencimento das contas é essencial para que os pagamentos sejam feitos de forma segura. Nesse sentido, um software de gestão de telecom auxilia muito na organização das faturas de telefonia e internet.
Como os criminosos costumam utilizar o e-mail ou WhatsApp para enviar o boleto falso, a proteção das contas é mais uma das medidas para se prevenir desse golpe. A dica é nunca utilizar a mesma senha em canais diferentes e ativar a verificação em duas etapas. Assim, você dificulta o acesso não autorizado às suas contas e o vazamento de informações sigilosas.
Na sua empresa, adicione camadas de segurança digital para proteger a sua rede e o e-mail corporativo dos seus colaboradores, como filtros de conteúdo, antivírus e firewalls.
Tomou todas essas medidas de proteção, mas ainda está em dúvida sobre algum boleto que você recebeu? Então não deixe de entrar em contato com a empresa credora e confirmar a validade do boleto antes de efetuar o pagamento.
Se for um boleto de telefonia e internet, você pode contatar a operadora pelos canais oficiais de SAC, como o chat, WhatsApp ou telefone. A Claro, por exemplo, disponibiliza um validador de boletos no seu site. Basta digitar o número do código de barras para consultar a veracidade do boleto.
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No caso dos boletos de telefonia e internet, a melhor opção é sempre baixá-los a partir do próprio portal da operadora. Além de ser um canal direto de comunicação, sem depender da logística dos Correios ou do e-mail chegar corretamente até a caixa de entrada, ele também costuma ser um ambiente mais seguro.
Leia mais: Minhas faturas não chegam, e agora?
Se você é uma empresa, pense que o boleto – especialmente a versão detalhada da fatura – sempre costuma trazer informações que podem ser confidenciais. CNPJ, endereços, números de telefones e detalhamento de consumo (para quem são feitas as ligações e envio de mensagens) são alguns exemplos.
Por isso, ao extrair a fatura direto no portal da operadora, sua empresa evita o risco de receber um boleto falso e também diminui a chance de ter dados vazados. Outro benefício é que por lá é possível ter acesso à fatura detalhada, essencial para a gestão de telecom, já que tem todas as informações sobre os custos e o consumo de telecom.
Nesta playlist mostramos o passo a passo de como sua empresa pode ter acesso às faturas das principais prestadoras de telefonia do país.
Com o aumento do número de golpes financeiros, a segurança digital é primordial para todos os tipos de empresas, pois elas também podem ser vítimas de crimes como o do boleto falso.
Com as dicas que separamos nesse artigo, é possível se prevenir de várias formas, evitando prejuízos financeiros e outros tipos de danos, como à reputação e à imagem do seu negócio.
Em caso de dúvida sobre qualquer boleto recebido, não esqueça: evite efetuar o pagamento até ter certeza de que não é um boleto falso.
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Por
Amanda Born
Analista de Conteúdo na VC-X Solutions, apaixonada por futebol e pelo Grêmio, trilheira nas horas vagas