A evolução nas áreas de Telecomunicações e Tecnologia da Informação reiteram uma realidade incontestável, que se torna mais evidente a cada dia: investir na transformação digital não é mais uma escolha, mas uma necessidade imperativa para empresas de diversos setores e portes.
Seja qual for o objetivo – redução de custos, expansão ou redefinição do modelo de negócios – a tecnologia desempenha um papel fundamental. Para explorar as oportunidades da maneira mais eficiente e otimizar os recursos ao máximo, as empresas devem permanecer vigilantes em relação às tendências do mercado.
Neste artigo, apresentaremos as principais tendências previstas para as áreas de telecom e TI em 2024, com base em análises da Gartner e outros especialistas no setor.
O Brasil encerrou o ano de 2023 com 282 cidades com rede 5G ativa. Até o mês de novembro do ano passado, foram registrados 18,9 milhões de usuários da rede 5G, de acordo com a Anatel.
De acordo com uma pesquisa da consultoria Omdia, até 2027, 61% dos acessos à Internet no Brasil serão feitos pela rede 5G. Conforme indicado pela pesquisa, nos próximos quatro anos, a previsão é de que o 4G permaneça em utilização em 36% das conexões. O 3G, por sua vez, deverá corresponder a apenas 3% das conexões.
Em 2024, a tendência é de que a expansão do 5G continue acelerada. A previsão é de que até junho, mais 3.623 cidades brasileiras recebam a faixa de 5G. Contudo, a ativação do sinal da quinta geração de rede depende do planejamento das operadoras.
Leia mais: Passo a passo: como ativar o G5 no celular
Uma pesquisa da MIT Technology Review revela que 80% das empresas da América Latina já exploram soluções de IA. A ascensão do uso de ferramentas de inteligências artificiais nas empresas se dá pela oportunidade das vantagens comerciais e produtivas que a tecnologia oferece.
Contudo, os riscos associados ao uso da Inteligência Artificial dentro das empresas são significativos, como falhas de segurança, prejuízos financeiros e resultados tendenciosos.
Nesse sentido, o gerenciamento de confiança, risco e segurança é uma tendência entra como uma importante ação para auxiliar na governança de TI que utilizam modelos de IA, trazendo mais segurança, responsabilidade, solidez, transparência e proteção de dados.
A Gartner prevê que até 2026, as empresas que investirem em gestão de confiança, risco e segurança de IA poderão aumentar a precisão das tomadas de decisões em até 80%, eliminando informações equivocadas e inválidas. Além disso, a expectativa é que até 2028, os dispositivos baseados em inteligência artificial sejam responsáveis por 20% da mão de obra global e 40% de toda a produtividade econômica.
Os ataques cibernéticos cresceram ao redor do mundo nos últimos anos somente no Brasil, foram mais de 100 bilhões de tentativas somente em 2022. Outro dado alarmante da consultoria AX4B, é que 59% das empresas brasileiras já sofreram ataques de hackers, sendo nosso país o segundo maior alvo de ataques cibernéticos.
Nesse cenário, a cibersegurança avançada é uma das tendências de TI para 2024, para garantir que os recursos tecnológicos da empresa sejam não apenas funcionais, mas também sejam seguros.
Até o ano de 2026, organizações que direcionarem seus investimentos em segurança para a gestão contínua de exposição e ameaças poderão experimentar uma diminuição de dois terços nas ocorrências de violações de segurança.
O ESG, sigla em inglês para Environmental, Social and Governance, tem conquistado uma presença crescente nas organizações, representando suas práticas relacionadas ao meio ambiente, aspectos sociais e governança. Esta é uma temática diretamente relacionada à tecnologia e, de acordo com projeções da Gartner, estima-se que até 2027, um quarto dos diretores de tecnologia da informação terão sua remuneração associada ao impacto sustentável de suas decisões tecnológicas.
Para alcançar resultados positivos no contexto ESG, as empresas têm a capacidade e a responsabilidade de adotar tecnologias sustentáveis, visando melhorias em três áreas-chave, como mostra o modelo abaixo:
Na prática, as empresas devem dar preferência a tecnologias que contribuam para impulsionar a sustentabilidade em seus setores, tais como computação em nuvem, inteligência artificial e similares.
A engenharia de plataforma emerge como um catalisador essencial para aprimorar tanto a produtividade quanto a experiência do desenvolvedor. Ao oferecer recursos de autoatendimento aliados a operações de infraestrutura automatizadas, essa abordagem se destaca como uma tendência significativa.
A previsão da Gartner é de que até 2026, 80% das empresas de engenharia de software irão estabelecer equipes de plataforma como fornecedores internos de serviços, componentes e ferramentas reutilizáveis para entrega de aplicativos.
Como exemplo, a Nike inovou ao introduzir as chamadas “plataformas combináveis”, que “integram recursos de negócios globais estrategicamente interligados e são executados por meio de tecnologias modulares e combináveis expostas por APIs”. Conforme destacado pela Nike, essa abordagem de plataforma oferece a capacidade de resposta mais ágil às mudanças, impulsiona um lançamento mais rápido no mercado, amplia a escalabilidade e, simultaneamente, contribui para a redução dos custos operacionais.
A engenharia de software, apoiada pela inteligência artificial (IA), não apenas otimiza a produtividade dos desenvolvedores, mas também capacita as equipes de desenvolvimento a atenderem à crescente demanda por software voltado à administração de negócios. Por esse motivo, a previsão da Gartner é de que até 2028, 75% dos engenheiros de software empresarial usarão assistentes de codificação de IA.
Ao integrar a IA nesse processo, as equipes podem enfrentar desafios complexos de desenvolvimento de software com eficiência, proporcionando soluções inovadoras e alinhadas com as necessidades do mundo empresarial em constante evolução.
As plataformas em nuvem oferecem uma combinação de software como serviço (SaaS), plataforma como serviço (PaaS) e infraestrutura como serviço (IaaS) com funcionalidades personalizadas e específicas que podem se adaptar mais facilmente a diferentes tipos de negócio.
As organizações podem utilizar esses recursos como “blocos de construção”, compondo iniciativas digitais únicas e diferenciadas. Segundo a Gartner, até 2027 mais da metade das grandes empresas devem estar utilizando as plataformas em nuvem para acelerar seus negócios.
Os aplicativos inteligentes possuem a capacidade de responder de maneira apropriada e autônoma, ajustando-se com base nas adaptações aprendidas ao longo do tempo.
Entre suas vantagens, destaca-se a capacidade de amplificar a eficiência e a confiabilidade do trabalho automatizado, proporcionando simultaneamente uma experiência de usuário mais dinâmica.
As projeções da Gartner indicam que até 2026, cerca de 30% dos novos aplicativos incorporarão inteligência artificial para impulsionar interfaces de usuários adaptativas e personalizadas.
A democratização da IA generativa terá um impacto significativo, democratizando conhecimentos e habilidades dentro das empresas.
De acordo com as projeções do Gartner, até 2026, mais de 80% das empresas terão usado interfaces de programação de aplicativo de IA generativa, modelos e/ou aplicativos habilitados para IA generativa implementados em ambientes de produção.
Este cenário representa uma transformação fundamental na forma como as organizações podem aproveitar e aplicar a inteligência artificial em suas operações.
No mundo em uma rápida transformação digital, a Força de Trabalho Conectada Aumentada surge como um catalisador transformador, impulsionado pela Realidade Aumentada (AR), a Internet das Coisas (IoT) e conectividade contínua.
Ou seja, representa uma abordagem inovadora que alavanca tecnologias avançadas para otimizar a eficiência, a colaboração e a capacitação dos membros da equipe em ambientes profissionais.
Até 2027, é previsto que 25% dos diretores de tecnologia da informação (CTOs) implementem iniciativas relacionadas à Força de Trabalho Conectada Aumentada. Essas iniciativas terão como objetivo reduzir significativamente o tempo necessário para que os funcionários atinjam a competência necessária em até 50%, especialmente para cargos essenciais dentro das organizações.
Pela primeira vez na história, as empresas terão a capacidade de criar seus próprios consumidores, impulsionando uma nova era de interações econômicas. Conforme definição da Gartner, clientes-máquinas são “atores econômicos não humanos que compram bens e serviços em troca de pagamento”.
Até 2028, os clientes-máquina tornarão obsoletas 20% das lojas digitais legíveis por humanos. Estima-se cerca de 15 bilhões de produtos conectados, cada um com o potencial de se comportar como consumidores autônomos, seguidos por bilhões adicionais nos anos subsequentes.
Esta transformação terá um impacto de trilhões de dólares em compras até 2030, tornando-se um marco mais significativo do que a chegada do comércio digital.
As tendências de telecom e TI mostram como o setor deve continuar sendo o protagonista na transformação digital, com uma mudança estrutural onde a gestão de TI deixa de ser um setor operacional e assume uma posição estratégica na inteligência dos negócios.
Em dúvida sobre como aproveitar as oportunidades e otimizar a telecom e TI na sua empresa? Fale com um especialista e descomplique seus processos, clicando aqui.
[MATERIAL GRATUITO] Saiba como usar a tecnologia de forma estratégica no seu negócio. Entenda como controlar os recursos tecnológicos da empresa, conheça as principais atribuições da gestão de TI e outras dicas.
|
|
Por
Fernanda Kuppe
Escrevo para o mercado digital através dos fatos e dados. Apreciadora de um café bem quente para as ideias borbulharem na cabeça, entusiasta da gastronomia e viciada em sushi