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Falência da Oi revertida: entenda a situação da operadora

Por Rafael Cordeiro | 26.11.25
Capa do artigo com o título "Falência da Oi revertida: Entenda a situação da operadora". A imagem mostra um prédio com o logotipo da Oi rachado, uma torre de celular com raios e setas vermelhas para baixo, e um gráfico financeiro em queda com moedas. Uma mão segura um documento escrito 'FALÊNCIA' e um martelo de juiz.

Após quase 10 anos de briga judicial, a 7ª Vara Empresarial do TJ-RJ decretou a falência da Oi em 10 de novembro de 2025. Contudo, apenas quatro dias depois, em 14 de novembro, uma liminar suspendeu a decisão, retornando a operadora ao status de recuperação judicial e dando sequência a um processo que já dura quase dez anos. Se a sua empresa conta com serviços da operadora, naturalmente, você está se perguntando de que maneira isso afetará os contratos vigentes.

Mesmo que, ainda no período de falência, a justiça tenha determinado a continuidade da prestação dos serviços, o fato é que ficar esperando por uma resolução não é a melhor ideia. Neste artigo, você entenderá melhor o que motivou a falência da Oi, os argumentos considerados para reverter essa decisão e o que fazer para garantir a continuidade dos serviços contratados.

Leia também: Conheça os prazos e regras de atendimento das operadoras

Falência da Oi: entenda o histórico que levou a essa decisão

1,7 bilhão de reais. Esse é o valor das dívidas extraconcursais (fornecedores fora do processo de recuperação) que levou à falência da Oi a ser decretada no dia 10 de novembro de 2025. Na verdade, esse montante é apenas o desfecho de uma luta que a empresa travava desde 2016, quando entrou com o primeiro pedido de recuperação judicial.

À época, a Oi devia 60 bilhões de reais e concluiu o plano em 2022. Para se reestruturar, a companhia vendeu suas principais operações móveis a outras operadoras, como Tim, Vivo e Claro, além de ter repassado a rede de fibra óptica para a V.Tal.

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Entretanto, isso não foi o suficiente. Por isso, em 2023, na tentativa de evitar a falência, a empresa solicitou um novo plano de recuperação judicial. Neste ano, os passivos somavam mais de R$ 44 bi.

Certo, mas se agora a dívida estava em “apenas” 1,7 bi de créditos extraconcursais, por que a falência da Oi foi decretada? De acordo com a decisão, essa melhora não foi fruto de resultados positivos da empresa, e sim da contratação de empréstimos e alienação de ativos. Logo, a juíza Simone Gastesi entendeu que a empresa estava “tecnicamente falida” por conta desse esvaziamento patrimonial.

Suspensão da falência da Oi: entenda esse novo capítulo na história da gigante das telecomunicações

Desde que anunciada a falência da Oi, os credores tentavam reverter a decisão. No entendimento deles, a decisão questionava acordos passados, aprovados pelos credores e pelo Judiciário, o que segundo eles, traria uma grande insegurança jurídica. Bancos credores, como Itaú e Bradesco, ainda alegaram que interromper o funcionamento da empresa poderia gerar prejuízos irrecuperáveis não apenas para os credores, mas, especialmente, para clientes e funcionários.

No dia 14 de novembro, a desembargadora Mônica Maria Costa, 1ª Câmara de Direito Privado da Justiça do Rio de Janeiro (TJRJ), deu razão aos credores. De acordo com a magistrada, a falência da Oi daria início a uma liquidação antecipada e desordenada, além de impactar a prestação de serviços. Ao reverter a situação para uma nova recuperação judicial, espera-se que a empresa consiga fazer uma liquidação “organizada e planejada dos ativos”.

Infográfico de linha do tempo intitulado "Linha do tempo: o vai e vem judicial da Oi", ilustrando os processos da empresa de telecomunicações. Em 2016, ocorreu a "Primeira Recuperação Judicial" com dívida de R$ 60 bilhões. O ano de 2022 marca a "Conclusão do plano". Em 2023, iniciou-se a "Segunda Recuperação Judicial" com dívida de R$ 44 bilhões. A linha segue para 2025, onde um marcador vermelho indica "Falência decretada em 10 de novembro de 2025" com dívida de R$ 1,7 bilhão. Logo em seguida, ainda em 2025, outro marcador aponta "Falência revogada em 14 de novembro de 2025" e o início da "Terceira Recuperação Judicial". O logotipo da Oi está no canto superior esquerdo.

Entenda como ficam os contratos ativos com a operadora

Teoricamente, mesmo diante desse imbróglio judicial, a companhia continuará os serviços contratados. A Anatel ficará a cargo de fiscalizar e assegurar que os usuários sejam devidamente transferidos para outras operadoras e que não haja impacto no cumprimento dos contratos.

Porém, sabemos que nem sempre o que diz a teoria é aplicado, à risca, na prática. Isso porque existem relatos de clientes que, antes mesmo do tribunal decretar a falência da Oi, tiveram seus serviços cortados. Também, não se exclui a possibilidade de que ocorram falhas operacionais no curto prazo. Até porque, a nova recuperação judicial não resolve os problemas de caixa da operadora ― vale lembrar que a empresa tem receita mensal de cerca de R$ 200 milhões frente a uma dívida de R$ 1,7 bilhão.

Por isso, a recomendação é se antecipar. Até porque a operadora não permitirá que você escolha para onde transferirá seu contrato. Consequentemente, isso pode trazer problemas para as suas operações, como a dificuldade de conseguir suporte adequado. Logo, a melhor saída é rever seus contratos de telecom e buscar uma nova parceria.

Confira no blog: Como escolher a operadora de telefonia certa para sua empresa?

Como o suporte especializado da VC-X Solutions tem auxiliado os clientes com contratos da Oi 

A instabilidade da Oi — alternando entre decretos de falência e recuperação judicial — exige mais do que apenas “esperar para ver”. É preciso agir rápido para proteger seus dados e suas operações.

A VC-X Solutions está atuando na linha de frente para mitigar os riscos inerentes a essa instabilidade. Atualmente, existem 231 contas corporativas da Oi no VC-X Sonar, totalizando um volume financeiro auditado de R$ 161.336,88 apenas em outubro de 2025.

Com a nossa expertise, sabemos exatamente onde os problemas aparecem e como resolvê-los. Veja, abaixo, como apoiamos clientes Oi nesse momento crítico.

  • Gestão financeira e auditoria: com o caos administrativo da operadora, o risco de cobranças indevidas dispara. Nosso time de Customer Sucess monitora suas faturas para contestar erros e garantir que você pague apenas o devido até o fim do contrato.
  • Migração segura de links: identificamos e implementamos parceiros confiáveis para substituir seus circuitos de voz, dados e MPLS antes que o serviço seja interrompido.
  • Suporte Especializado: em vez de perder horas em call centers inoperantes, nossa equipe assume a interface com a operadora para resolver demandas de suporte e cancelamento de serviços de telecom.

Não deixe a conectividade da sua empresa à mercê de decisões judiciais. Fale com um especialista da VC-X e inicie seu plano de contingência agora.

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Perguntas e respostas (FAQ)

Há 10 anos a empresa enfrentava problemas financeiros e já havia solicitado, por duas vezes, recuperação judicial. Em 10 de novembro de 2025, a falência foi decretada. Entretanto, apenas quatro dias depois a decisão foi suspensa e a empresa encontra-se, novamente, em processo de recuperação judicial.

Sob fiscalização da Anatel, a Oi deve honrar com os serviços contratados enquanto transfere os contratos para outras operadoras.

Teoricamente, os clientes não serão afetados por esse imbróglio. Entretanto, mesmo antes da decisão acerca da falência da Oi e da sua posterior suspensão, já havia relatos de serviços indisponíveis. Por isso, a recomendação é se antecipar e escolher uma nova operadora.

A plataforma VC-X Sonar permite comparar planos, simular economia, contratar serviços e contar com suporte especializado nas negociações e configurações, o que facilitará a migração para uma nova operadora. Além disso, os clientes contam com suporte especializado pronto para gerir a transferência dos contratos.

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Rafael Cordeiro


COO e sócio da VC-X Solutions, minha missão é simplificar o universo das telecomunicações para empresas. Com mais de 10 anos de experiência, sou especialista em navegar pelas complexidades do setor, transformando desafios burocráticos com operadoras e órgãos como Procon e Anatel em soluções práticas!

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