

Ter acesso à internet com uma boa qualidade de conexão é um imperativo para qualquer empresa. Afinal, mesmo que jogos online ou streaming não façam parte do dia a dia, as videochamadas, o envio e download de arquivos pesados e o acesso a serviços em nuvem fazem. E, caso existam problemas com lentidão em algum momento, os prejuízos podem ir além dos financeiros. Imagine não conseguir concluir uma reunião por conta da alta latência de rede? Definitivamente, esse é um problema que impacta, inclusive, na imagem da sua empresa.
Mais que saber quantos megabits sua operadora disponibiliza, é necessário entender dois conceitos que refletem diretamente nas suas operações: ping e latência de rede. Eles têm uma relação estreita com a qualidade de conexão e, ao longo deste artigo, você saberá melhor sobre eles.
Para o usuário final, ping e latência de rede são, basicamente, a mesma coisa. Isso porque o ping é uma ferramenta utilizada com objetivo de medir a latência. Contudo, para ficar mais claro, vamos às definições:

Ou seja, a latência é o tempo de espera entre você enviar um pacote de dados, ele chegar ao servidor e voltar ao seu dispositivo. Por outro lado, o ping é o que vai mensurar essa espera.
O ideal é ter um ping menor que 30 ms, embora valores entre 50 e 100 ms sejam aceitáveis. Entretanto, se o seu resultado foi maior que 150 ms, certamente você já percebeu a lentidão, uma vez que esse é um número considerado alto.

Nos dispositivos mobile, a medição da latência de rede pode ser feita por meio de aplicativos, como o Speedtest ― clique aqui para o download para Android ou aqui, se usar um iPhone.
Ainda, é possível testar de maneira online, a partir de sites como Fast.com, nPerf e o já citado Speedtest.
Nem sempre o problema da alta latência de rede é exclusivo da operadora contratada. Alguns fatores internos são capazes contribuir para uma baixa qualidade de conexão e conhecê-los é o primeiro passo para reverter um alto valor de ping.
Quanto mais próximo o dispositivo que faz a solicitação estiver do servidor, mais rápida será a devolutiva. Logo, menor a latência de rede. Por exemplo, se um site estiver hospedado em um data center em São Paulo (SP), os usuários de Campinas (a cerca de 100 km de distância) terão tempos de resposta muito baixos — em torno de 5 a 10 milissegundos.
Todavia, os usuários de Manaus (a cerca de 2.700 km de distância) perceberão uma latência maior, entre 40 a 50 milissegundos. Dessa forma, escolher servidores que estejam fisicamente próximos da sua empresa é uma boa solução.
Redes sem fio tendem a apresentar uma latência de rede mais alta. Entretanto, aquelas que transmitem dados por intermédio de ondas de luz junto a cabos de fibra óptica ou por meio de sinais elétricos via cabos de cobre, não estão sujeitas a interferências, tais quais móveis, paredes e, até mesmo, prédios e árvores, semelhante às conexões via rádio. Portanto, sempre que possível, dê preferência às conexões cabeadas.
Veja em detalhes: Entenda os diferentes tipos de conexão de internet para empresas
Quanto mais usuários transferindo dados, mais sobrecarregada ficará a conexão. Como este é um problema comum, especialmente em empresas, existem no mercado roteadores que auxiliam na distribuição da banda. Assim, dá para priorizar o tipo de tráfego ou dispositivos específicos, a fim de que tenham qualidade de conexão suficiente para tarefas mais sensíveis à latência, tais como ligações e videochamada.

Certamente, ao solicitar ajuda, você ouviu de alguém do suporte: “já tentou reiniciar o modem?”. Sim, essa ação simples pode ajudar a corrigir problemas na latência de rede, pois “limpa” processos que estejam travados. Agora, falando do dispositivo em si, ter pouca memória disponível também é capaz de interferir na qualidade da conexão.
Ter uma boa qualidade de conexão passa por diferentes frentes. Como você leu acima, problemas físicos e de prestação de serviço podem prejudicar a latência de rede. Para assegurar a estabilidade, tanto a gestão de telecom quanto a de TI devem trabalhar juntas.
A primeira será a responsável pela análise, escolha e contratação da operadora com o melhor custo-benefício. Além disso, será quem reivindicará os direitos em caso de descumprimento de cláusulas presentes no contrato de telecom.
Por sua vez, a gestão de TI torna-se essencial, visto que seu principal objetivo é assegurar que os recursos tecnológicos sejam funcionais, seguros e gerem valor estratégico. Logo, manterá os dispositivos e estruturas físicas íntegras, além de auxiliar no diagnóstico e resolução de problemas de latência de rede.
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A latência é o tempo que um pacote de dado leva para sair do seu dispositivo, chegar ao servidor e voltar. O ping é a ferramenta utilizada para medir, em milissegundos, esse tempo de resposta.
Conexões via rádio ou Wi-Fi sofrem interferências de paredes, móveis e outros obstáculos. Em contrapartida, aquelas que usam cabo, a exemplo da fibra óptica, têm um desempenho superior.
Muitos dispositivos conectados à mesma rede simultaneamente, problemas físicos nos cabos ou no próprio dispositivo, além da distância até o servidor, são os mais comuns.
A área de telecom cuida da contratação e relação com operadoras, enquanto a equipe de TI garante a integridade dos dispositivos e a estabilidade da rede.

Por
Daniel Curi
Especialista em gestão de Telecom e TI com mais de 10 anos de experiência no setor. Tenho liderado inúmeros projetos voltados a automações nessa área, otimizando processos, trazendo eficiência operacional e ganho de tempo, permitindo que as equipes se concentrem nas atividades estratégicas da organização.